26/02/2019
PREFEITURA DIVULGA BALANÇO DO TERCEIRO MUTIRÃO CONTRA O AEDES AEGYPTI
Força-tarefa contou com apoio de 170 pessoas nos bairros Vila Julieta, Liberdade e Nova Liberdade
Crédito: Carina Rocha
A Prefeitura de Resende divulgou o balanço de mais um mutirão contra a dengue, zika e chikungunya, realizado no último final de semana. Nesta etapa, o Comitê Municipal de Combate à Dengue contemplou os bairros Vila Julieta – conhecido como Alvorada, no sábado, dia 23, e Liberdade e Nova Liberdade, no domingo, dia 24. Com a missão de eliminar os possíveis criadouros dos mosquitos Aedes Aegypti e Albopictus, aproximadamente 170 pessoas percorreram 5.184 imóveis. No sábado, foram coletadas 89 amostras de larvas dos mosquitos para análise em laboratório, enquanto, no domingo foram 45.
A força-tarefa contou com as equipes das Secretarias Municipais de Saúde, Obras e Serviços Públicos e Educação, vigilantes sanitários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e agentes da Divisão de Fiscalização de Posturas, Defesa Civil e da Agência do Meio Ambiente de Resende (Amar). A mobilização ainda teve a participação de grandes aliados como o Exército Brasileiro e a Cruz Vermelha. No decorrer das ações prioritárias, foram recolhidos 41 caminhões de entulhos e lixo no primeiro dia; já no segundo, foi contabilizado o total de 32 veículos. No sábado, o mutirão aconteceu de 8h às 17h e, no segundo dia, entre 8h e 14h. Também houve a utilização de carro fumacê.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Carolina Bittencourt Castro Ferraz, os locais fiscalizados durante o mutirão foram classificados em situação de médio risco, conforme apontado pelo Levantamento de Índice Rápido para o Aedes Aegypti (LIRAa).
— Os dados levantados, a partir do monitoramento da população do vetor da Dengue, auxiliam na identificação dos criadouros onde há maior predominância. Os relatórios do LIRAa, que segue os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, são realizados periodicamente e submetidos à Secretária de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Com o mapeamento, conseguimos direcionar as ações de controle para as áreas mais críticas. Atualmente, não vivemos em situação de epidemia no município. Por isso, as ações de prevenção do CCZ feitas diariamente e a colaboração dos moradores devem ser mantidas e, quando necessário, intensificadas – destacou.
A superintendente reforçou quais são as medidas importantes para eliminar possíveis focos dos mosquitos transmissores. “Desenvolvemos ações estratégicas visando evitar a infestação, tais como: visitas domiciliares para tratamento de focos, orientações à população, recolhimento de entulhos, entre outras. As pessoas devem cuidar de seus quintais e recipientes que possam virar depósito de acúmulo de água, como baldes, pratos de plantas, potes, calhas, garrafas e pneus. Com o lema ’10 minutos salvam vidas’, o governo estadual recomenda que a população dedique este tempo semanalmente em casa, com o objetivo de eliminar possíveis criadouros”, frisou.
ALERTA PARA IMÓVEIS FECHADOS
Carolina Bittencourt lembrou que é fundamental que os moradores recebam a equipe de combate para a vistoria rotineira. “Os focos estão dentro das residências. Por isso, pedimos que as pessoas colaborem e abram as portas de suas casas. Só no primeiro dia do mutirão, dos 2.534 imóveis percorridos, 45% estavam fechados. Na Nova Liberdade, o número de locais fechados chegou a 41,6%, em relação aos 1.073 vistoriados. E na Liberdade, as equipes se depararam com 46,4% endereços inacessíveis do total de 1.577. Estes lugares serão visitados novamente. O CCZ age entre segunda e sexta-feira de forma preventiva e, aos finais de semana, com os retornos de recuperação”, frisou.
A superintendente alertou ainda que é possível que, em alguns casos, seja necessário o cumprimento do artigo 1º, parágrafo 1º, inciso IV da Lei 13.301, de 27 de junho de 2016, que dispõe sobre a adoção de medidas de vigilância em saúde quando verificada situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito transmissor do vírus. “É viável o ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono, ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o acesso de agente público, regularmente designado e identificado, quando se mostre essencial para a contenção das doenças. Isso é permitido por meio da lei federal vigente em casos específicos, contudo, trabalhamos e pedimos sempre a compreensão durante a prevenção”, explicou.
De acordo com as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue (2009), os parâmetros para classificação dos estratos e dos municípios, quanto à infestação pelos mosquitos, são: menor que 1% considerado satisfatório; de 1% e 3,99% em estado de alerta; e acima de 3,99% em situação de risco.
O primeiro mutirão deste ciclo foi realizado em novembro do ano passado, nos seguintes bairros: Itapuca, Baixada da Olaria, Elite, Vila Santa Isabel e Vila Hulda. Já na segunda edição, foram atendidas as localidades: Cidade Alegria, Jardim Alegria, Nova Alegria e Jardim Beira-Rio.
O quarto mutirão será realizado nos dias 16 e 17 de março, nos bairros Cabral e Paraíso.
Palavras chaves: Mutirão, Balanço, Aedes Aegypti