Com a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, e, principalmente, após o afundamento, na costa brasileira, dos navios de passageiros Arará e Itagiba, totalizando 56 vítimas, o Governo Federal Brasileiro, em 1942, preocupado com a segurança global da população, princípio básico no tratamento das ações de Defesa Civil, estabelece medidas como a criação do Serviço de Defesa Passiva Antiaérea. Entre outras ações, o governo brasileiro também instituiu a obrigatoriedade do ensino da defesa passiva em todos os estabelecimentos de ensino, oficiais ou particulares, existentes no país.
Em 1943, a denominação de Defesa Passiva Antiaérea é alterada para Serviço de Defesa Civil, sob a supervisão da Diretoria Nacional do Serviço da Defesa Civil, do Ministério da Justiça e Negócios Interiores, que foi extinto em 1946, bem como as Diretorias Regionais do mesmo Serviço, criadas no Estado, Territórios e no Distrito Federal.
Como consequência da grande enchente no Sudeste, no ano de 1966, foi criado, no então Estado da Guanabara, o Grupo de Trabalho com a finalidade de estudar a mobilização dos diversos órgãos estaduais em casos de catástrofes. Este grupo elaborou o Plano Diretor de Defesa Civil do Estado da Guanabara, definindo atribuições para cada órgão componente do Sistema Estadual de Defesa Civil. O Decreto Estadual nº 722, de 18 de novembro de 1966, que aprovou este plano, estabelecia ainda a criação das primeiras Coordenadorias Regionais de Defesa Civil (Redec) no Brasil.
No dia 19 de dezembro de 1966, é organizada no Estado da Guanabara, a primeira Defesa Civil Estadual do Brasil.
Em 1967, é criado o Ministério do Interior com a competência de assistir as populações atingidas por calamidade pública em todo território nacional, dentre outras funções.
O Decreto-Lei nº 950, de 13 de outubro de 1969, institui no Ministério do Interior o Fundo Especial para Calamidades Públicas (Funcap), sendo regulamentado por intermédio do Decreto nº 66.204, de 13 de fevereiro de 1970.
Com o intuito de prestar assistência à defesa permanente contra as calamidades públicas, é criado em 05 de outubro de 1970, no âmbito do Ministério do Interior, o Grupo Especial para Assuntos de Calamidades Públicas (Geacap).
A organização sistêmica da Defesa Civil no Brasil deu-se com a criação do Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec), em 16 de dezembro de 1988, reorganizado em agosto de 1993, sendo atualizado por intermédio da Lei 12.340.
Na nova estrutura do Sistema Nacional de Defesa Civil, destacam-se a criação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o Grupo de Apoio a Desastres e o fortalecimento dos órgãos de Defesa Civil locais.
NO MUNDO
No mundo, as primeiras ações dirigidas para a defesa da população foram realizadas nos países envolvidos com a Segunda Guerra Mundial.
O primeiro país a demonstrar preocupação com a segurança de sua população foi a Inglaterra. Após os ataques sofridos entre 1940 e 1941, quando foram lançadas toneladas de bombas sobre as principais cidades e centros industriais ingleses, milhares de civis morreram, fato que levou à instituição da Civil Defense (Defesa Civil).
Hoje, em todo o mundo, a Defesa Civil se organiza em sistemas abertos com a participação dos governos locais e da população no desencadeamento das ações preventivas e de resposta aos desastres.
EM RESENDE
Criada em 22 de julho de 2011, por intermédio da Lei 2.862/11, a Diretoria-geral de Defesa Civil do Município de Resende atende o público 24h por dia, todos os dias da semana. O atendimento presencial ocorre em horário comercial na sede do Centro Administrativo da Beira-Rio, no bairro Jardim Jalisco. Os atendimentos de emergências são notificados pelo telefone 199, em qualquer horário.
As atividades da Defesa Civil constituem:
- Na prevenção dos desastres, que começa pela sua identificação, por meio de ações dirigidas a avaliar e reduzir os riscos;
- Na preparação, as medidas e ações são destinadas a reduzir ao mínimo a perda de vidas humanas e outros danos;
- Desenvolver respostas durante um evento adverso, visando salvar vidas, para reduzir o sofrimento humano e diminuir perdas;
- Reparar e restaurar à normalidade.
Com o objetivo de melhor instruir a população, a Defesa Civil está com vários projetos como: Defesa Civil nas Escolas; treinamentos de brigada; Primeiros Socorros; Educação Ambiental; Plano de Emergência nas Escolas; além das campanhas educativas; e de simulados dos planos de contingência etc.