25/08/2010
Serviço de equoteraria atende 20 pacientes gratuitamente
Método é utilizado no tratamento de pessoas portadoras de deficiência
Crédito: Márcio Fabbian - ACOM/PMR
Retomado pela atual administração do Município, através da Secretaria de Saúde, o serviço de equoterapia (foto), que é considerado de fundamental importância no tratamento de pessoas portadoras de deficiência, atende atualmente 20 pacientes, entre crianças e adultos, por meio de um convênio entre o governo municipal e a Hiporte – responsável pelo atendimento.
As sessões acontecem no Parque de Exposições. Participam do serviço três fisioterapeutas, um equitador e auxiliar de guia e uma psicopedagoga. No cavalo, além de trotar, os pacientes realizam diversas atividades, como circuitos, tiro ao alvo, basquete, e montam quebra-cabeça, entre outras atividades. Para isso, eles contam com dois animais.
Segundo definição da Associação Nacional de Equoterapia, “o tratamento é considerado uma terapia complementar que estimula o indivíduo como um todo, nas áreas psíquica, emocional, comportamental e motora”. Além do lúdico, o tratamento trabalha questões como aceitação, auto-estima, auto-confiança e consciência corporal.
- Para os pacientes, é mais como uma brincadeira do que uma terapia. O próprio ambiente, ao ar livre, contribui para o trabalho dessas questões. Além disso, as crianças aprendem o respeito ao animal, que deve ser estendido também a todos a nossa volta. Por isso, a equoterapia estimula ainda a parte comportamental e afetiva – explica a fisioterapeuta Mariane Peres.
As atividades produzem também a liberação hormonal, que reduz a dor e proporciona uma sensação de bem-estar. Na parte motora, a equoterapia beneficia a realização de movimentos, aumenta o tônus muscular e o equilíbrio e estimula o cérebro.
- O cavalo faz os movimentos tridimensionais, ou seja, para frente e para trás, para um lado e para o outro, e para cima e para baixo; tem a marcha semelhante à marcha humana, sendo um meio importante de reeducação motora – informa a fisioterapeuta.
O tratamento é indicado para casos de lesão medular, AVC (derrame), paralisia cerebral, Síndrome de Down, autismo, transtorno de atenção e hiperatividade, esclerose múltipla, entre outros. Para ter acesso ao serviço de forma gratuita, os pacientes são encaminhados pelo Centro de Reabilitação e Hidroterapia do Município, que funciona ao lado do Hospital de Emergência, ou pelo CAPSI (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil), localizado na rua Pandiá Calógeras 205, no bairro Jardim Jalisco.