16/06/2016
Programa Família Acolhedora de Resende é referência para outros municípios
Município recebeu a visita de técnicos do Programa de Petrópolis
Crédito: Jorge Trindade - ACOM/PMR
A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos recebeu na manhã desta quinta-feira, dia 16 de junho, uma equipe da Secretaria de Assistência Social de Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, que veio conhecer como foi a implementação do programa Família Acolhedora em Resende.
Implantado em 2013, após estudos iniciados em 2012, o programa tem sido referencial para diversos municípios em todo o estado, interessados em conhecer seu funcionamento para utilizarem-no como modelo em suas cidades. É o caso de Petrópolis, que enviou a assistente social e coordenadora do Família Acolhedora Graciele Vanzan, a psicóloga Rosane Fernandes e o estagiário em assistência social Luciano Martins para visitarem o programa resendense.
- Já recebemos aqui a visita de equipes da Assistência Social de diversos municípios. Temos sido referência em função da estrutura física que o programa dispõe em Resende, além da equipe técnica altamente qualificada, do acompanhamento das famílias envolvidas no acolhimento e às famílias dos menores. O reconhecimento que alcançamos do Ministério Público e da Vara de Infância e Juventude da cidade também é um ponto a nosso favor, uma vez que devido à credibilidade que alcançamos, a justiça envia o menor ao acolhimento sem a necessidade de que ele passe por abrigos - explicou o secretário de Assistência Social, Alfredo de Oliveira.
O programa atua com o cadastro de famílias ou pessoas interessadas em acolher em suas casas, por um período que pode chegar até a um ano e meio, crianças e adolescentes em situação de risco - que por estes motivos tiveram que ser retiradas pela justiça, provisoriamente, de suas famílias - oferecendo-lhes proteção e convivência familiar e comunitária.
De acordo com a coordenadora de Proteção Especial, Cecília Zikan, atualmente existem sete famílias cadastradas no Família Acolhedora e duas crianças em condição de acolhimento. Desde que foi implementado, o programa já conseguiu a reintegração de três crianças às suas famílias de origem.
- O Família Acolhedora atua acompanhando e capacitando as famílias que recebem essas crianças, estimulando os vínculos com o programa, e o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) faz o acompanhamento da família de origem com o objetivo de restabelecer os vínculos familiares e capacitá-la para receber a criança de volta - destacou Cecília.
Para o acolhimento, as famílias cadastradas recebem um auxílio de meio salário-mínimo por criança e a cada seis meses elas se apresentam em audiência judicial, onde é avaliado se a criança já pode retornar a sua família ou continuar com a Família Acolhedora. Podem ser acolhidas crianças e adolescentes de zero a 17 anos e 11 meses.
Para os interessados em fazer parte dessa rede, o programa recebe cadastros de famílias que devem preencher os seguintes critérios: homens ou mulheres solteiros ou casados, com mínimo de 21 anos; morador de Resende no mínimo há cinco anos; ser pelo menos 16 anos mais velho que a criança ou adolescente acolhido; não estar inscrito no cadastro de adoção da Vara de Infância e Juventude; não apresentar problemas psiquiátricos ou ser dependente de drogas ou álcool; não ter pendências judiciais criminais; e ter a aceitação e acolhida de todos os membros da família.
As inscrições podem ser feitas na sede do programa, que funciona na Rua Pandiá Calógeras, nº 157, no Jardim Jalisco. Informações pelo telefone (24) 3357-3675 ou pelo e-mail familiacolhedoraresende@yahoo.com.br
Palavras chaves: ASSISTÊNCIA SOCIAL