19/08/2013

Prefeitura celebra Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua

Órgão especializado do Município realiza atividades no Parque da Águas

Crédito: Márcio Fabian - ACOM/PMR

        A Prefeitura, através do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), realizou na manhã desta segunda-feira, dia 19, um encontro no Parque das Águas para celebrar o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. A data marca a passagem do massacre na Praça da Sé, centro de São Paulo, em 2004.

        O SEAS, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, têm como objetivo de prestar assistência a moradores de rua ou a qualquer pessoa que esteja utilizando as ruas como moradia ou meio de sobrevivência. Eles podem ser migrantes, pessoas de outras cidades que pedem esmola em Resende; crianças em situação de rua ou que estejam trabalhando nas ruas.

        No encontro no Parque das Águas, os profissionais do SEAS reuniram algumas das pessoas atendidas para atividades esportivas e recreativas. Também foi realizada uma roda de conversa onde foram debatidos temas relacionados à garantia dos direitos e implementação de políticas aos indivíduos em situação de rua.

        - A data é uma oportunidade de reflexão para que a sociedade possa refletir sobre a situação em que se encontra este público. É nossa tarefa na SEAS buscar entender porque essas pessoas estão nas ruas e atendê-los em suas necessidades - explica a gerente do SEAS, Alana de Paula Machado.  

        Segundo balanço divulgado mês passado pelo SEAS, em maio foram realizados 32 atendimentos; em junho, 103; e até o dia 23 de julho, 152, totalizando 287 atendimentos. Essas pessoas foram atendidas por uma equipe formada por assistentes sociais, psicólogos e agentes sociais. Por meio do SEAS, os moradores foram encaminhados para diversos serviços oferecidos pela Prefeitura, como o Centro de População de Rua, Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Drogas (CAPS-AD), Defensoria Pública, Programas da Secretaria de Saúde, Sistema Nacional de Emprego (SINE), dentre outros.

MASSACRE DA PRAÇA DA SÉ

         Entre os dias 19 e 22 de 2004, quinze pessoas foram violentamente atacadas enquanto dormiam nas ruas no centro da cidade, sendo que, sete delas morreram. Posteriormente, no dia 23 de maio de 2005, uma testemunha do massacre foi morta por policiais militares. Organizações e movimentos sociais, desde então, se mobilizam e denunciam a morosidade, o descaso e a omissão das autoridades na punição dos culpados. Também denunciam a violência constante nas ruas e a falta de políticas públicas de trabalho, habitação, saúde, educação e assistência social, entre outras, para as pessoas em situação de rua.