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20/05/2011

Infestação do mosquito da dengue em Resende está acima do índice aceitável

Em entrevista coletiva à imprensa, Prefeitura pede mais empenho da população contra a doença

Infestação do mosquito da dengue em Resende está acima do índice aceitável

Crédito: Wagner Alves - ACOM/PMR

O prefeito José Rechuan (DEM) reforçou na manhã desta sexta-feira, dia 20, o chamado à população de Resende para que participe mais das ações contra a proliferação do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti). A dengue já colocou o município no patamar de alta incidência da doença, com 795 casos notificados e 185 confirmados entre 01 de janeiro e 19 de maio deste ano. O apelo foi feito durante uma entrevista coletiva aos jornalistas da região, concedida pelo prefeito, em seu gabinete, no Centro Administrativo da Beira-Rio. O encontro teve as participações do secretário municipal de Saúde, Daniel Brito (foto); do diretor interino de Vigilância em Saúde da Prefeitura, Marco Antônio de Carvalho; e do coordenador do CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) do Município, Márcio Luciano Mendes. - A Prefeitura tem realizado todas as ações necessárias para o controle dos focos do mosquito, através de campanhas educativas em escolas, empresas e comunidades; da capacitação dos funcionários municipais; das visitas permanentes aos imóveis do Município; e de outras ações preventivas. Temos tratado o caso com muita seriedade e responsabilidade, mas sem o empenho da população estas ações serão ineficazes. Os agentes do CCZ passam nas residências e quando retornam a situação continua a mesma - explicou o prefeito. Destacando que, a partir de junho, diante da queda nas temperaturas, a tendência é que a incidência do mosquito diminua e, consequentemente, os números da doença caiam, Rechuan frisou a importância de a população se manter atenta também durante o inverno, período no qual a Prefeitura continuará realizando todas as ações de prevenção e combate à doença. O diretor interino da Vigilância em Saúde, Marco Antonio de Carvalho, manifestou a preocupação da Prefeitura com relação ao ano de 2012, quando a maioria dos municípios do estado do Rio de Janeiro, corre o risco de viver uma nova epidemia de dengue. Ele lembrou que em 2002, Resende teve uma epidemia da doença. Naquele ano, foram notificados mais de 2.500 casos notificados da doença. Atualmente, segundo Marco Antônio, dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, 43 estão na faixa de alta incidência, quando a cidade registra 300 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes. Em Resende, este número é de 591 casos para 100 mil habitantes. Já o secretário municipal de Saúde, Daniel Brito, disse que, desde o início da administração do prefeito José Rechuan, a Prefeitura tem realizado estratégias de controle da dengue. Este ano, uma destas estratégias, começou a ser desenvolvida em março, quando o CCZ passou a divulgar regularmente os endereços onde são encontrados focos do mosquito transmissor nos bairros e distritos de Resende. Para reforçar ainda mais esta ação, a partir de junho as contas de água emitidas pela concessionária Água das Agulhas Negras trarão uma etiqueta informando “Esta rua tem foco de dengue. Maiores informações 0800 889 0808” - somente nos endereços com infestação. Os bairros com maior número de casos notificados de dengue são: Novo Surubi, Paraíso, Cidade Alegria, Liberdade e Vila Julieta, mas de acordo com Daniel Brito, todos os bairros do município registraram casos suspeitos. Outra preocupação é com o índice de infestação do mosquito, que no bairro Jardim Brasília II chega a 6.47 por cento, quando o índice adequado indicado pelo Ministério da Saúde é de um por cento (um foco para cada 100 casas). Em 32 áreas da cidade o índice é superior a um por cento. Em função destes índices, o CCZ dirige suas ações intensificando o combate nos bairros com altos índices de infestação. Segundo o coordenador Marcio Luciano Mendes, o município dispõe de cinco máquinas fumacê e receberá mais uma este mês, que são utilizadas no combate ao mosquito comum. Mais eficaz no combate ao Aedes aegypti é a máquina de UBV (ultra baixo volume), que não emite fumaça como o fumacê comum, porém possui um alcance maior, sendo mais eficiente no caso do mosquito da dengue. Além disso, os 66 agentes do CCZ atuam diariamente no trabalho focal, com visitas domiciliares e outras ações. Nove deles foram contratados pela atual administração, por meio de concurso público. Outra estratégia adotada pelo Município para evitar a propagação do mosquito é a aplicação de multas para proprietários de imóveis edificados ou terrenos baldios onde são encontrados focos do mosquito. Somente no período de janeiro a 19 de maio, a Vigilância Sanitária emitiu 46 multas, num total de R$ 14.950,00. Os valores variam da seguinte forma: R$ 100,00 (até três larvas), R$ 400,00 (de três a sete larvas) e R$ 800,00 (acima de sete larvas). O valor é dobrado em caso de reincidência.
Palavras chaves: SITUAÇÃO PREOCUPANTE
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