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25/09/2012

Fórum de Saúde Mental debate políticas de drogas do município

Tema será “Política de Redução de Danos e Consultório de Rua”

Fórum de Saúde Mental debate políticas de drogas do município

Crédito: Márcio Fabian - ACOM/PMR

   Representantes das Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social e Direitos Humanos e de entidades não-governamentais participam nesta quinta-feira, dia 27 de setembro, do Fórum Intersetorial de Saúde Mental, das 8h às 12h, no Espaço Z, no Centro.

   Com o objetivo de debater a Política de Redução de Danos e o Consultório de Rua, a programação vai contar com uma palestra da funcionária do Ministério da Saúde Camila Franco. Além disso, o coordenador do projeto Consultório de Rua no Jacarezinho, no Rio de Janeiro, fará uma apresentação sobre a experiência do trabalho desenvolvido com a comunidade.

   Já a diretora de Saúde Mental, Ângela Monteiro, e o coordenador do Consultório de Rua no município, Felipe Dadam, vão contar ainda sobre a implantação do projeto em Resende e os resultados obtidos após um ano de trabalho.

   Segundo Ângela Monteiro, a Política de Redução de Danos, elaborada pelo Ministério da Saúde, tem como finalidade diminuir os agravos causados pelo uso de substâncias. Dessa forma, o Consultório de Rua faz parte da Política e realiza a abordagem dos usuários na rua. Em Resende, ele foi intitulado pela Secretaria de Saúde como "Fala aí, cidadão" e foi iniciado no ano passado.

   - Os usuários de álcool e drogas estão mais vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis, à violência e a outros agravos de saúde. O foco dessa política não é a abstinência, mas aumentar a qualidade de vida e reduzir os riscos, como reforçar a importância do uso de preservativos e de não compartilhar seringas. A adesão ao tratamento não é a meta, porém acaba sendo uma consequência - explicou a diretora.

   Para a implantação do Consultório de Rua, o município recebeu R$ 150 mil do governo federal, por meio do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras drogas, coordenado pelo Ministério da Saúde. O incentivo começou a ser pago em janeiro de 2011, com a duração de um ano.

   No entanto, a Secretaria de Saúde está adequando o projeto e cadastrando a equipe no Ministério da Saúde para custeio permanente, no valor de R$ 13 mil por mês. Com isso, o serviço vai ser articulado com as unidades de Atenção Básica.

   - A ação não funciona mais como um projeto, e sim como um serviço. Para isso, ampliamos a equipe, passando de cinco para seis profissionais, e estamos estendendo a abordagem a todo o município, não restringindo o atendimento a pontos específicos - afirmou Ângela Monteiro.

   O Consultório de Rua conta com dois psicólogos, um enfermeiro e dois agentes socioculturais, além de uma van para a abordagem dos dependentes químicos na rua. Neste mês, a secretaria está contratando um assistente social para integrar a equipe.

   A diretora acrescentou que o CAPS ad (Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas) também atua dentro da Política de Redução de Danos, já que a interrupção do uso de substâncias não é obrigatória para o início do tratamento.

Palavras chaves: SAÚDE
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