21/06/2010

Defesa Civil do Município monitora áreas de risco em vários bairros

Técnicos do órgão já vistoriaram quase três mil locais

A Prefeitura de Resende, através da Diretoria Municipal de Defesa Civil, vem realizando um trabalho detalhado de mapeamento das encostas que apresentam riscos de problemas (foto). Iniciado em maio, o trabalho fará parte de um banco de dados do ResendeGeo, sistema de geoprocessamento de informações do Município, contribuindo assim, para ações preventivas do órgão no período de chuvas. Até o momento, os técnicos da Defesa Civil vistoriaram 2.952 pontos em áreas de risco. Os técnicos percorreram bairros como Vila Vicentina, Lavapés, Alto dos Passos, Vila Verde, Santo Amaro, Morro do Batista, Morro do Machado, Alto Surubi, Vila Moderna, Vila Nova e Fazenda da Glória. Durante o processo de mapeamento, são analisados os riscos nas encostas, bem como as condições de construção das residências próximas a estas áreas. As inspeções nos locais avaliam itens como altura e proximidade entre a encosta e a residência construída, como este imóvel foi construído e se no local há indícios de deslizamento da encosta. O diretor de Defesa Civil do Município, coronel Marco Resende, explica que o trabalho se estenderá até setembro, período chamado pelos técnicos de “normalidade”. A partir das informações levantadas, as áreas serão classificadas em quatro níveis de risco e cores: Risco Muito Alto (cor vermelha); Alto (amarela); Médio (azul) e Baixa ( verde). - Para realizar um trabalho de qualidade, a Defesa Civil da Prefeitura capacitou cinco servidores, através de um curso de mapeamento de áreas de risco promovido pelo Ministério das Cidades – destaca o diretor, acrescentando que ainda este ano serão mapeados as áreas com riscos de alagamentos no período de chuvas. Marco Resende aponta três pontos positivos proporcionados pelo mapeamento das áreas de risco. A primeira é de que o trabalho vai possibilitar à Secretaria Municipal de Obras executar serviços visando garantir a estabilidade do solo nas áreas mapeadas. O segundo benefício é de que, através do levantamento, a Diretoria Municipal de Habitação será informada sobre quais e quantas famílias precisam ser removidas das áreas onde moram, inscrevendo-as em seguida nos programas habitacionais desenvolvidos pela Prefeitura. Em terceiro lugar, o trabalho da Defesa Civil fornecerá dados aos responsáveis pelo Plano Diretor do Município e o CONCIDADE (Conselho Municipal da Cidade) sobre em quais áreas no município não podem ser autorizadas licenças para construção. O diretor revelou ainda que em maio passado, o DRM-RJ (Departamento de Recursos Minerais), órgão ligado a Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, abriu processo de licitação visando à contratação de uma empresa de geologia para realizar o mapeamento das áreas de riscos em 20 municípios do estado do Rio de Janeiro. Em Resende, o mapeamento pelo DRM-RJ está previsto para ser realizada no próximo ano – no caso deste trabalho, ele terá duração de seis meses. Os serviços fazem parte do projeto de implantação do Núcleo de Prevenção e Análise de Desastres Geológicos do DRM-RJ e do Centro de Gestão de Riscos Geológicos do Estado do Rio de Janeiro, que é financiado pelo FECAM (Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano). - Como em Resende este trabalho mais aprofundado só ocorrerá em 2011, estamos nos antecipando ao Governo do Estado, já que as chuvas costumam ocorrer com mais intensidade a partir de setembro, e precisamos estar preparados. Na nossa opinião, o levantamento previsto pela administração estadual mostra que a Prefeitura de Resende está no caminho certo pelo fato de já ter iniciado o seu trabalho de mapeamento - avaliou o coordenador da Defesa Civil de Resende.