06/04/2009
Coordenadoria da Mulher amplia atendimento em Resende
Em apenas 3 meses, novos grupos de mulheres foram criados
Crédito: Wagner Alves
De janeiro a março deste ano, o trabalho da Coordenadoria da Mulher da Prefeitura ganhou um reforço importante na luta contra a violência doméstica. Três grupos de mulheres foram implantados na Baixada da Olaria. Já o grupo da Morada da Barra, teve o atendimento melhorado. Atualmente, o número de mulheres atendidas nos quatro grupos se aproxima de 100.
O quadro de funcionários responsáveis pelo atendimento também cresceu este ano, passando de dois para sete. A criação de oficinas de capacitação representa outra conquista para as mulheres nos três primeiros meses da administração do prefeito José Rechuan (DEM) – este projeto está em fase de implantação e visa melhorar ainda mais o atendimento prestado pela Coordenadoria.
- As reuniões dos grupos de mulheres destes bairros são momentos nos quais elas se encontram para assistirem palestras, conversarem e trocarem informações. Com isso, aumentam a auto-estima e ganham mais coragem para enfrentar a vida e as dificuldades – destaca a titular da Coordenadoria da Mulher da Prefeitura, Anita Bevilaqua, acrescentando que, entre as profissionais que fazem parte do quadro de funcionários da instituição este ano, estão psicopedagoga, psicóloga, professoras, lideranças comunitárias, assistente social e um estudante de psicologia.
Nos grupos já organizados são realizadas palestras com profissionais de diversas áreas a respeito de temas sugeridos pelas próprias mulheres. E o trabalho realizado pela Coordenadoria já chegou aos módulos do Programa Saúde da Família, através dos quais as pacientes, além de assistirem palestras, debatem a questão da violência doméstica, “desde ações de prevenção até as medidas que devem ser tomadas caso ela aconteça”. Ações de prevenção contra a violência doméstica estão sendo desenvolvidas também nos núcleos dos bairros Lavapés e Itapuca do PAIF, o Programa de Atendimento Integral à Família.
- Ter uma equipe maior possibilita expandir nosso trabalho. Ao invés de remediar a violência já praticada, estamos procurando prevenir, pois é a sociedade que coloca o machismo na cabeça dos homens, e isso colabora muito para a geração da violência doméstica – frisa Anita.
Segundo a coordenadora, através do trabalho realizado nos grupos de mulheres, tem sido possível até mesmo constatar casos que não chegam necessariamente à agressão física, mas que também são considerados crimes previstos na Lei Maria da Penha, a legislação aprovada em 2006 pelo Governo Federal que pune com mais rigor os episódios de violência física, moral, psicológica, sexual e patrimonial contra a mulher. Ela explica que “muitos homens, quando lêem os folhetos informativos da Coordenadoria, descobrem que podem ser processados, mesmo não agredindo fisicamente a mulher”.
Palavras chaves: MELHORIAS NOS SERVIÇOS