Coleta seletiva chegará a mais quatro bairros

Projeto atende atualmente sete mil imóveis em Resende

Crédito: Wagner Alves - ACOM/PMR

A Prefeitura vai ampliar em 2010 o novo serviço da coleta seletiva domiciliar, implantado em março de 2009, passando de sete para 25 por cento o número de residências atendidas. O programa é realizado através da AMAR (Agência do Meio Ambiente de Resende) - foto, que desde o início da administração do prefeito José Rechuan (DEM) assumiu a responsabilidade pela gestão e o gerenciamento do lixo na cidade. Segundo Rechuan, a meta, até o final do governo, em 2012, é atender a todas as residências do município com a coleta seletiva. Atualmente, a coleta é realizada, uma vez por semana, em sete mil residências dos bairros Morada da Colina I, II e III; Vila Julieta; Alvorada; Liberdade; Nova Liberdade; Visconde de Mauá; Lote 10; Ponte dos Cachorros, Capelinha e Serrinha do Alambari. A Prefeitura desenvolve o projeto ainda em supermercados, escolas e empresas. De acordo com o presidente da AMAR, Paulo José Fontanezzi, os próximos bairros a receberem a coleta vão ser o Jardim Jalisco, Mirante das Agulhas e Boa Vista I e II. - Até maio, iniciaremos o programa no Jardim Jalisco. A coleta efetiva só começa depois que uma equipe da AMAR percorre todas as residências do bairro, orientando os moradores sobre a separação do lixo seco, que se destina à coleta seletiva, e do lixo úmido, que é recolhido pela coleta doméstica - detalhou Fontanezzi. O presidente da AMAR ressalta que os resultados positivos da coleta seletiva podem ser avaliados na ampliação do tempo de vida útil do aterro sanitário de Bulhões. A Prefeitura já verificou uma diminuição de dez a 40 por cento dos resíduos sólidos recicláveis que antes chegavam ao aterro. Outro benefício importante do programa de reciclagem é o incremento no volume de repasses de recursos para o Município provenientes do ICMS Ecológico, cujas transferências são feitas pelo Governo do Estado. Além disso, a coleta seletiva em Resende vem gerando emprego e renda para cerca de 22 famílias de catadores, organizados, com o apoio da AMAR, em duas associações. São elas: AGAR (Associação dos Garimpeiros do Aterro de Resende) e ACRR (Associação dos Catadores de Resíduos de Resende). Na AGAR, os catadores atuam na separação do material dentro do aterro sanitário, e na outra associação, eles acompanham os dois caminhões disponibilizados pela agência para o recolhimento dos materiais recicláveis. Todo o material reciclável recolhido é prensado, vendido e o dinheiro dividido entre os catadores. A catadora Edna da Silva Canuto, a Leca, de 49 anos, por exemplo, que há dez anos sobrevive da venda do lixo reciclável, atualmente chega a ganhar R$ 600,00 em um mês de trabalho.

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