20/06/2011
Rio Transplantes realiza primeira captação de órgãos em Resende
Remoção foi realizada no Hospital de Emergência em paciente com morte cerebral
Crédito: Márcio Fabbian - ACOM/PMR
Graças a uma ação do Hospital Municipal de Emergência, várias pessoas ganharam uma nova chance de vida. É que na noite de quinta-feira, dia 16 de junho, uma equipe de quatro médicos e enfermeiros do Programa Rio Transplante, da Secretaria Estadual de Saúde, estiveram no hospital para realizar a primeira captação de órgãos feita no município. A ação foi viabilizada depois que o médico de rotina do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do hospital, Afonso Abrão, constatou que o paciente, já com morte cerebral, cujo nome será mantido em sigilo, era um doador potencial de órgãos. A partir daí, iniciou-se um trabalho de conscientização da família, pela psicóloga Carmem Lúcia Martins Lima e a assistente social Márcia Fonseca Rosa, ambas do HME. - Na última quarta-feira, dia 15, a família deu o sinal positivo para a doação e imediatamente acionamos o Rio Transplante, que na manhã de quinta-feira esteve no hospital realizando todos os procedimentos previstos em seu protocolo para atestar a morte cerebral. À noite, os médicos responsáveis pela captação dos órgãos retornaram e fizeram a remoção - explicou o médico Afonso Abrão, salientando ainda que o Rio Transplante também fez todos os exames necessários para avaliar quais órgãos estavam em condições de doação. A diretora técnica do Hospital Municipal de Emergência, Nicole Sterblitch, acompanhou todo o processo que resultou na captação dos órgãos do paciente. Segundo Nicole, o Rio Transplante é o responsável pela implementação e coordenação do processo de transplantação de órgãos e tecidos no Estado do Rio de Janeiro, envolvendo desde a captação de órgãos e tecidos e a seleção de receptores, até o transplante propriamente dito, que obedece aos critérios de lista única. A remoção dos órgãos só é feita após consentimento da família a partir de constatada morte cerebral do paciente, o que é atestada dentro do protocolo brasileiro de diagnóstico, regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina.