03/06/2011

Programa de Tabagismo amplia número de grupos

Em pouco mais de um ano, quase 800 pessoas que participam do atendimento deixaram de fumar

Nesta semana em que se comemorou o Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio), a Prefeitura anunciou a ampliação do número de grupos do Programa de Tabagismo do Município, que é desenvolvido desde abril do ano passado, através da Secretaria Municipal de Saúde. Este mês, duas unidades do Programa de Saúde da Família passaram a contar com o projeto. São elas: Paraíso e Engenheiro Passos. Além destes dois postos, as unidades dos bairros Baixada da Olaria, Morro do Cruzeiro e São Caetano deram início ao tratamento de seus primeiros grupos de tabagistas. Em pouco mais de um ano de funcionamento, o programa continua apresentando resultados positivos: neste período, 780 pacientes deixaram de fumar, o que corresponde a 78 por cento do número de pessoas atendidas. - Podemos comemorar a ampliação do serviço de tratamento oferecido às pessoas que querem se libertar do vício do cigarro. O Programa de Tabagismo da Prefeitura aos poucos está chegando a todas as unidades de saúde do Município – disse a coordenadora do Programa de Tabagismo, Sônia Cardoso Moreira Garcia, destacando que o Dia Mundial Sem Tabaco foi criado em 1987 com o objetivo de chamar a atenção da humanidade para a epidemia do tabaco, “ principal causa de morte evitável em todo o mundo”. Os integrantes do programa têm se juntado a outras entidades para somar esforços visando diminuir o número de usuários do tabaco em Resende. Alguns dos parceiros têm sido as empresas da região, nas quais são realizadas palestras sobre o tema e a sua relação com doenças crônicas. Além disso, por meio de uma parceria firmada recentemente com a Rádio Agulhas Negras, um novo canal de informação foi aberto, todas as terças-feiras, das 15 às 16 horas, onde são tratados temas relacionados ao uso do tabaco e os seus derivados. - Durante a apresentação do trabalho realizado pelo Programa do Tabagismo na emissora, frisamos a relação do tabagismo com doenças como hipertensão, diabetes, câncer de boca e os perigos do fumo durante a gravidez. Tratamos ainda de temas como o tabagismo passivo, e sobre a possibilidade de associação de terapias alternativas no tratamento. É uma forma de manter a população informada e incentivar aqueles que querem largar o cigarro a procurar ajuda, o que oferecemos gratuitamente – disse Sônia. Atualmente, cerca de 230 usuários estão em tratamento pelo programa. Cada um dos usuários em tratamento passa por várias etapas, entre elas a de verificação do grau de dependência em relação à nicotina. A partir deste dado, é feito um plano de tratamento que atenderá o paciente. O plano poderá ser alterado de acordo com a necessidade de cada pessoa. As unidades de saúde que dispõem atualmente de grupos do Programa do Tabagismo são as seguintes: Engenheiro Passos, Cabral, Paraíso, Vila Vicentina/Santo Amaro, Fazenda da Barra I, Fazenda da Barra II, Fazenda da Barra III, Manejo, Cidade da Alegria e Visconde de Mauá. Entre junho e julho serão iniciadas as atividades do programa nos bairros Itapuca e São Caetano, Novo Surubi, Jardim Primavera, Posto Resende (Centro), Pedra Selada (Zona Rural) e na Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda. O tratamento dura três meses, período em que, além de sessões de terapia, os usuários recebem adesivos e gomas de mascar (repositores de nicotina). Se houver necessidade, o médico do posto faz também prescrição de medicamento para diminuir a ansiedade e aliviar os sintomas da síndrome de abstinência. Os medicamentos são gratuitos, enviados pelo Ministério da Saúde e partir deste ano já vêm em nome do paciente. Os interessados em iniciar o tratamento podem procurar uma unidade de saúde em seu bairro. Caso não haja vaga, ele aguarda em uma fila de espera, que demora no máximo um mês, já que no segundo mês os pacientes em tratamento entram no programa de manutenção e novas vagas são abertas. Em cada unidade, as reuniões dos grupos acontecem em horários diferenciados, que são informados no local. Cada grupo reúne em média 15 pacientes. - O sucesso do programa é mérito dos profissionais que atuam com responsabilidade e comprometimento, características estas que contribuem para os resultados obtidos em Resende – frisou a coordenadora, lembrando que o projeto da cidade vem sendo destacado em encontros regionais.