29/01/2009
Prefeitura encontra vários problemas no Centro de Reabilitação
Falta de profissionais e aparelhos quebrados dificultam atendimento
Crédito: Wagner Alves
Em razão de medidas tomadas no final do ano passado pela administração anterior, entre elas o corte de funcionários e o encerramento de contratos com empresas prestadoras de serviços, o Centro de Reabilitação Resende, que funciona em uma área anexa ao Hospital Municipal de Emergência, vem atendendo a população de forma precária.
Além disso, a falta de equipamentos e as más condições das instalações físicas foram outros problemas encontrados pela administração do prefeito José Rechuan (DEM). Diante desse quadro, a fila de espera é muito grande. Atualmente, 309 pacientes aguardam pelo retorno do serviço de hidroterapia. Semanalmente, a unidade atende em média 50 pacientes.
A coordenadora do Centro de Reabilitação, Márcia Regina Balieiro, disse que “a situação chegou a este ponto porque o contrato com a firma responsável pelo aquecimento da piscina foi encerrado no ano passado”. Ela disse ainda que a maioria dos equipamentos foi encontrada quebrada ou em mau estado de conservação.
- Estamos funcionando com apenas um ultrassom, pois o outro está com defeito e três desapareceram. Além disso, os três TENS, aparelho utilizado para diminuir a dor dos pacientes em tratamento, não estão funcionando, assim como o ebulidor, que é usado no aquecimento da água da piscina – disse a coordenadora.
Além da hidroterapia, outros serviços oferecidos pelo Centro de Reabilitação têm pacientes na fila de espera, entre eles os de fonoaudiologia e neurologia, cujo número de pacientes que aguardam o atendimento chega a 33 pessoas. E, de acordo com a coordenadora, outras 20 esperam pela abertura de vagas para receber o tratamento nestas áreas.
No final do ano passado, dez fisioterapeutas que atuavam nos módulos do Programa Saúde da Família foram demitidos e, com isso, os postos de saúde deixaram de oferecer este serviço, aumentando a demanda no Centro. A demissão de outros fisioterapeutas, além de recepcionistas e auxiliares de serviços gerais, que trabalhavam diretamente no Centro de Reabilitação, também dispensados em 2008, agravou ainda mais os problemas. Existe ainda a carência de psicólogos e de uma assistência social.
O espaço físico do prédio é outro motivo de preocupação, onde há chuveiros sem funcionar, portas e vasos sanitários quebrados e salas com infiltração e goteira.
Devido aos problemas detectados, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Saúde e Qualidade de Vida vem agilizando a realizações de contratações emergenciais com o objetivo de fazer a manutenção dos equipamentos existentes e das instalações do Centro de Reabilitação. Quanto à compra de novos equipamentos, a Prefeitura pretende promover em breve processos de licitação voltados à aquisição destes aparelhos.